Rodrigo Otávio Soares Pacheco tem 44 anos e está no primeiro mandato como senador. Nascido em Porto Velho, Rondônia, mudou-se ainda criança para a cidade de Passos, em Minas Gerais, onde cresceu e depois começou a carreira de advogado em Belo Horizonte.
Formado em direito pela PUC Minas e especialista em direito penal econômico, atuou na área criminalista até 2016. No Senado, ele se posicionou contra o Decreto das Armas do governo, que flexibilizava o porte e a posse para os cidadãos, e defendeu o respeito às diferentes opiniões sobre todos os temas.
Cada qual tem a sua posição em relação a diversos temas, sejam eles jurídicos, sejam políticos, e nós temos que respeitar as divergências. Rep: Antes de eleito senador, foi deputado federal e assumiu a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Na época, votou a favor da PEC do Teto de Gastos e validou as assinaturas das Dez Medidas de Combate à Corrupção propostas pela sociedade.
Pacheco recebeu 57 votos e superou os 21 recebidos por Simone Tebet (MDB-MS), única outra candidata a permanecer na disputa até o fim. A candidatura contou com o apoio do presidente Jair Bolsonaro e de 10 partidos, entre os quais estão siglas de oposição, como o PT, a Rede e o PDT.
O resultado da eleição no Senado, anunciado pouco antes das 19h, foi o seguinte:
Rodrigo Pacheco (DEM-MG): 57 votos
Simone Tebet (MDB-MS): 21 votos
Major Olimpio (PSL-SP), Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Lasier Martins (Pode-RS) também começaram a segunda-feira como candidatos ao posto, mas anunciaram a retirada da candidatura ao discursar em plenário, à tarde. Os três manifestaram apoio e voto para Simone Tebet.
O plenário do Senado é composto por 81 parlamentares, mas apenas 78 votaram. O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) está licenciado do mandato e os senadores Jacques Wagner (PT-BA) e Jarbas Vasconcellos (MDB-PE) disseram se ausentar por motivos médicos.
Bolsonaro parabeniza novo presidente do Senado
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, parabenizaram Pacheco em postagens divulgadas em rede social.
"Em cédula de papel, o Senado Federal elegeu o Senador Rodrigo Pacheco (57 votos de 81 possíveis) para presidir a Casa no biênio 2021/22", publicou Bolsonaro.
"Parabenizo a vitória do Pres Rodrigo Pacheco no Senado Federal! Ao lado do Presidente Bolsonaro, acompanhei o desenrolar de um processo legítimo e democrático na tarde de hoje. É com base nesses princípios que seguiremos articulando em busca do desenvolvimento do nosso País!", disse Ramos.
Metodologia de trabalho do novo presidente
Eleito presidente, Pacheco assumirá a tarefa de conduzir a eleição da nova Mesa Diretora do Senado. A votação definirá os ocupantes das cadeiras de primeiro e segundo vice-presidentes; e os quatro secretários e seus suplentes.
Além de participar das reuniões e decisões administrativas do Senado, os integrantes da Mesa Diretora têm uma série de atribuições e direito a indicar cargos para auxiliar nos seus trabalhos.
Ao longo de 2021 e 2022, o novo presidente do Senado vai ter de encarar uma série de desafios. Entre as missões elencadas por líderes partidários, estão:
a busca pela independência do Senado;
a análise das reformas tributária e administrativa;
e o empenho em medidas de enfrentamento à pandemia da Covid-19, como a assistência financeira a famílias atingidas pelos reflexos do coronavírus na economia.

