LUCIANA ARCHETE
JornalistaMG19681JP
O atual prefeito pediu crédito suplementar de mais de R$ 19 milhões somente para o enfrentamento à Covid-19 e ações na saúde desde a sanção da Lei Municipal 5.984/2020 que permite compras e contratações.
O bojo da lei em Muriaé preconiza que o Poder Público tem a obrigação de informar como e onde estão sendo gastos estes recursos.
Mas, até agora, não disse como, onde e porque precisava deste dinheiro.
LEI Nº 5.984 / 2020 – ...
Art. 1º Fica o Poder Executivo Municipal obrigado a informar à Câmara Municipal de Muriaé todas as compras e a contratação de serviços realizados em função do Estado de Calamidade Pública ocasionado pelo COVID-19, decretado pelo município e aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, atendendo a excepcionalidade da pandemia.
Parágrafo único. As informações prestadas deverão contemplar todas as compras realizadas em razão da Calamidade Pública, independente de valor, contendo a dotação orçamentária utilizada, o objeto, número de contrato, vigência, nome de fornecedor e o valor correspondente.
Em somente uma das ações foram gastos quase R$ 340 mil. Para ações de Enfrentamento da Emergência de Saúde Nacional — Coronavírus (Covid 19) R$ 200 mil foram para contratação por Tempo Determinado e R$ 5- mil para indenização e restituição trabalhista. Material de Consumo — R$ 50.000,00. O restante para outras despesas.
Foi um tal de pedir autorização para “Abertura de Crédito Adicional Suplementai” que ficou fácil e não precisava explicar para onde, como, quando e quem receberia este dinheiro.
Na realidade, os vereadores, que precisam fiscalizar também não sabem, portanto, autorizar assim é dar um cheque em branco.
O problema é que, com este gasto todo, ainda tivemos, até 21 de setembro, 18h32, 2.850 casos confirmados; 2.665 pacientes curados; 75 óbitos e tem ainda 41 casos sendo investigados. Segundo informações do site do próprio município.
Grande parte dos recursos foram para a UPA em 2019 e 2020
Em 2019 a Câmara de Muriaé já havia aprovado recursos da ordem de R$ 6 milhões para que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) entrasse em operação.
Contudo, passados mais de um ano e a Câmara volta a receber outro pedido de recursos para a mesma unidade que só entrou em funcionamento neste segundo semestre de 2.020.
Vejam o que foi aprovado e os valores: PL 12/20 recursos de 1.380.000,00 em 27 de janeiro; PL15/20 com mais 4.050.303,36com a mesma data de aprovação; e o PL46/20 com dotação de R$ 1.721.958,22.
Agora está funcionando, mas, mesmo antes de entrar em operação já consumia o dinheiro do povo de Muriaé.
Veja os projetos aprovados, valor e data em que foram aprovados pela Câmara Municipal
Projeto de Lei
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Valor
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Data
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82/20
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28.961,01
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4/jun
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83/20
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594.180,00
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3/jun
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86/20
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163.086,25
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10/jun
|
96/20
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1.175.271,92
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30/jun
|
PL99/20
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3.000.000,00
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2/jul
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PL123/20
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3.500.000,00
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4/ago
|
PL133/20
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800.000,00
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1/set
|
PL134/20
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1.305.938,00
|
1/set
|
PL136/20
|
210.000,00
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11/set
|
PL 12/20
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1.380.000,00
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27/jan upa
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PL13/20
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6.000.000,00
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27/jan
|
PL 14/20
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300.000,00
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27/jan
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PL15/20
|
4.050.303,36
|
27/jan upa
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LEI5950/20
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1.320.000,00
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5/fev
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PL24/20
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1.594.465,82
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6/fev pab
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PL26/20
|
500.000,00
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6/fev pab
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PL46/20
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1.721.958,22
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20/mar upa
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PL 52/20
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312.403,75
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31/mar
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PL68/20
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1.200.000,00
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7/jan
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PL82/20
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28.961,01
|
4/jun
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PL83/20
|
594.180,00
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4/jun
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PL 86/20
|
163.086,25
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10/jun
|
PL96/20
|
1.175.271,92
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30/jun
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PL99/20
|
3.000.000,00
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2/jul
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PL123/20
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3.500.000,00
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4/ago
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PL133/20
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800.000,00
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1/set
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L134/20
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1.305.938,00
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1/set
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PL136/20
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210.000,00
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11/set
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