LUCIANA ARCHETE
Jornalista MG19681JP
fotos: Site Silvan Alves e Facebook
A penúltima sessão ordinária da Câmara Municipal de Muriaé foi encerrada sem a apreciação de diversos projetos que estavam na pauta do dia e muito bate-boca entre cidadãos que estavam ali para acompanhar a tramitação de alguns projetos, dentre eles o que reconhece e libera o serviço de Moto-táxi no município.
A primeira etapa da reunião foi marcada por homenagens, dentre elas a Moção de Aplausos para o médico César Bizzo, para Jaqueline (Crefito) e para a Escola Cândido Portinari, do bairro Joanópolis, que comemora Aniversário 25 Anos.
Durante a Tribuna Livre usada por populares inscritos, um cidadão questiona a falta de interesse dos vereadores e o desrespeito para quem usa a palavra.
A confusão começou a ter início quando um dos presentes no plenário interrompeu a fala, indagando aos edis porque não estavam prestando atenção no que estava sendo dito, dizendo que a maioria estava conversando e no Whatsaap, principalmente dirigindo-se ao vereador Júlio.
O presidente pediu silêncio no plenário. O vereador Júlio deixou sua cadeira vazia, assim como outros vereadores que foram até a entrada do plenário.
Um vereador chegou a comentar “essa casa está uma vergonha, pois vereador não faz silêncio e foca no zap. Querem silêncio quando falam e não fazem quando a população quer falar quando há inscrição”, retrucou.
Como a Casa se encontrava lotada com profissionais taxistas e trabalhadores no serviço autônomo de Moto-táxi e que querem ver a legalização da profissão no município, começaram alguns momentos de tensão entre os presentes nas tribunas.
Na abertura das votações estava em pauta o projeto que reconhece como Utilidade Pública a AMA (Associação Muriaé dos Autistas) quando começou a ser discutido e, o vereador Jair Abreu pediu a palavra e, então questionou a presença de Policiais Militares que estavam no recinto para fazer “a proteção dos cidadãos ali presentes”.
Jair disse que não era necessária e que não concordava com a ação, questionando o presidente da Câmara, vereador David Lacerda sobre a convocação dos PM’s para retirar manifestantes contrários ou favoráveis aos projetos que seriam votados.
O autor do projeto de reconhecimento de Utilidade Pública da AMA, vereador Júlio, começou a dizer que era pra discutir a proposta e não outro assunto.
A gritaria foi geral. Uns aplaudindo Jair Abreu e, outros, querendo a votação do projeto da AMA.
O presidente da Câmara, David Lacerda, chegou a encerrar a sessão e deixar a Mesa dos Trabalhos. Diante da ação a vereadora Miriam Facchini tomou a palavra da tribuna e pediu que a sessão fosse retomada em respeito às crianças e pais que ali estavam e que o projeto deveria ser votado. Após alguns minutos, David Lacerda retorna ao plenário e diz que os vereadores estavam sendo desrespeitados e que se a confusão continuasse, encerraria a sessão.
Foi vaiado e, diante da ação, declarou encerrada a sessão deixando, em seguida, o plenário.
Na próxima semana deve acontecer a votação dos projetos que estavam pautados e a eleição da Nova mesa Diretora da Câmara Municipal.
A falta de preparo para conduzir a sessão e colocar ordem na Casa só foi vista nos últimos anos quando a vereadora Helena Maria foi presidente e, um tumulto ocorreu indo parar na Delegacia de Polícia Civil para apurar os fatos, inclusive agressões.