Assessoria de Imprensa
Polícia Civil Uberlândia
A Polícia Civil de Mina Gerais, por meio da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil, prendeu mais dois homens acusados de pertencer a uma quadrilha especializada em aplicar o chamado golpe do cartão clonado. A dupla foi presa num hotel do bairro Tubalina, em Uberlândia, após investigações da 5ª Delegacia de Polícia, dentro da Operação Lusíadas, desencadeada em 2020 com objetivo de desmantelar a organização criminosa que age em cinco estados do Brasil.
A prisão ocorreu no dia 11, mas só hoje (terça-feira, 14) foi revelada por causa das investigações que prosseguiram desde aquela data com o intuito de prender mais criminosos. O delegado chefe do 9º Departamento de Polícia Civil, Marcos Tadeu Brito Brandão, falou sobre a operação, em entrevista coletiva, pela manhã e disse que as diligências vão continuar. A prisão da dupla, ambos procedentes do Rio de Janeiro, põe fim a uma célula da organização criminosa que agia em Uberlândia, onde nos últimos tempos, o bando já tinha feito 29 vítimas.
De acordo com o delegado Marcos Tadeu, o alvo dos bandidos eram vítimas já idosas. Os criminosos telefonavam para as vítimas, diziam que os cartões foram clonados e os induziam a quebrar o documento pela metade e entregá-lo a uma pessoa que ia à casa delas para buscá-lo. De posse dos chips a organização criminosa efetuava saques, fazia compras e outras transações bancárias. Nos últimos dias, segundo as investigações, apenas uma pessoa foi lesada em mais de R$ 55.000,00. Entre as vítimas em Uberlândia, há um ex-deputado.
O delegado Marcos Tadeu aproveitou para alertar a população sobre o golpe e pedir que as pessoas tomem cuidado quando receberem telefonemas de alguém se dizendo de instituições financeiras, porque do outro lado da linha pode haver um golpista. Com os suspeitos, em Uberlândia, por exemplo, os policiais civis apreenderam cartões quebrados e intactos, máquinas de passar cartão, dinheiro e outros objetos utilizados no golpe. Um carro da dupla também foi apreendido e a polícia acredita que a organização espalhou células em várias partes do País.
A operação Lusíadas, que, segundo o delegado, é uma referência à obra de Camões, que a escreveu para enaltecer os feitos dos desbravadores e, no caso local, a persistência dos investigadores em desmantelar a organização, começou em 2020, quando a polícia prendeu três paulistas que estavam aplicando golpe. A partir da prisão deles, os policiais apuraram que eles faziam parte de uma rede nacional e passou a investigá-la, culminando agora com a prisão dos membros da célula fluminense. Os criminosos estão no presídio Professor Jaci de Assis.
Equipe
Equipe que atuou na prisão da dupla: Daniela Novais Santana e Victor Adriano Dantas (delegados); Thiago Lúcio Correa Barra, Fernando Rodrigues Silva, Thiago Félix Borges, André Luiz de Sousa Dias, Carlos Humberto de Morais (8ª DP) e Rodrigo Nogueira Fayad (investigadores) e Leonardo Thadeu de Nápoles e Pablo de Araújo Gertrudes (escrivães).