Cataguases foi o palco de uma reunião de dez prefeitos da região neste dia 06 de agosto.
O convite para o encontro foi do prefeito Willian Lobo de Almeida com o objetivo de mobilizar os administradores municipais em uma manifestação conjunta para reivindicar o repasse de recursos devidos aos municípios pelo governo de Minas Gerais.
Os prefeitos explicaram em nota que estão ficando sem meios para continuarem honrando os compromissos do poder Executivo em seus municípios, e prometeram paralisar por um dia suas prefeituras caso não entre no caixa "pelo menos, parte do que nos é devido", informou o prefeito Willian, que espera receber quase R$ 15 milhões do governo mineiro.
Estiveram presentes os prefeitos de Guidoval (Soraia Vieira), de Santana de Cataguases (Jucélia Baesso); Astolfo Dutra (Bruno Ribeiro); Miraí (Luiz Fortuce); Ubá (Edson Teixeira); Tocantins (Iéder Oliveira); Dona Euzébia (Nenzinho - Manoel Franklin Ribeiro); Tombos (Luciene Teixeira); Brás Pires (Itamar Cabral); Laranjal (Sudário Carneiro), além do vice-prefeito de Recreio (João Dólar).
A maioria dos servidores da prefeitura de Cataguases participou do encontro, além de alguns vereadores, como Michelângelo Correa, Vinicius Machado e Paulo Milani, assim como secretários municipais.
Ausências sentidas foram as dos prefeitos Ioannes Kosntantinnos (de Muriaé) e José Roberto de Oliveira (Leopoldina).
Também não compareceu o prefeito de São Sebastião da Vargem Alegre, Claudiomir Vieira, atual presidente de Amerp (Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Pomba) e diretor da Associação Mineira dos Municípios - AMM.
Todos os municípios mineiros aguardam a normalização dos repasses obrigatórios que o governo de Minas deveria fazer regularmente conforme determina a legislação atual.
Em Astolfo Dutra, a dívida é de R$ 3 milhões, afirmou o prefeito Bruno Ribeiro que já está em dificuldade para pagar os salários do funcionalismo mês que vem, mesma situação das demais prefeituras que, conforme salientou "não temos mais de onde retirar dinheiro para pagar nossas contas", admitiu Bruno.
O prefeito de Ubá, Edson Teixeira, espera receber R$ 21 milhões do governo estadual e também confirmou a situação de pré-inadimplência de seu município. "Não estamos pedindo dinheiro extra, queremos apenas o que é nosso por lei e que o Governo do Estado está se negando a fazer", afirmou.
Willian Lobo informou que os prefeitos vão esperar até o dia 20 deste mês e se até lá a situação não se normalizar, estas prefeituras vão paralisar suas atividades no dia seguinte, por apenas um dia. "Será um protesto como form de alerta para que o Governo cumpra com suas obrigações', destacou. O prefeito de Cataguases contou que de abril até hoje Cataguases deixou de receber cerca de R$ 3 milhões, a maior parte na área de saúde. Em frente ao Paço Municipal, ele e seus convidados discursaram sobre a realidade que cada um está vivenciando em suas cidades e a disposição - se necessário - de tomar medidas mais drásticas contra o governo mineiro, além da já anunciada paralisação.
Fotos Marcelo Lopes (Cataguases)