por LUCIANA ARCHETE
Advogada e Jornalista MG19681JP
Cerca de 40 pessoas ficaram feridas no desabamento parcial do piso de uma ponte metálica, instalada provisoriamente em Laranjal, Zona da Mata de Minas Gerais, durante um evento da Igreja Mundial do Poder de Deus, do bispo Waldemiro Santiago, que reuniu cerca de 20 mil pessoas no Estádio Firmo Dias de Oliveira.
O incidente ocorreu próximo das 12h30, após a pregação do apóstolo Waldemiro, que nesta quinta-feira (02 de novembro) completou 54 anos.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros no local, seis placas da estrutura metálica não resistiram ao volume de pessoas sobre ela e caíram de uma altura de cerca de 7 metros do local, em outra parte chegaria próximo a 20 metros de altura. A ponte teria 20 m de comprimento, 7m de largura e cerca de 7 de altura.
Segundo a imprensa local, as autoridades não têm estimativa de quantas pessoas estavam sobre a ponte no momento do acidente.
A ponte teria sido construída com aval de um engenheiro, mas a instalação de barracas nas áreas de escape teria provocado a aglomeração excessiva de pessoas sobre a ponte.
A ponte improvisada estava sobre um córrego que dá acesso ao local onde ocorreu a grande Concentração de Fé e Milagres.
O apóstolo é natural de Cisneiros, distrito do município de Palma e comemorou o seu aniversário perto dos seus familiares, segundo destacou a organização do evento.
Para receber o apóstolo e a bispa Franciléia, esposa do apóstolo, foi montada uma megaestrutura com palco, brigadistas de incêndio, seguranças, postos médicos e a ponte sobre um córrego, dando acesso ao Estádio Firmo Dias de Oliveira, localizado à rua Serafim Machado Naya, no Centro da cidade.
Cerca de 20 mil teriam participado do evento de Laranjal, que seria o maior de sua história em número de pessoas.
A ponte ter ficado sobrecarregada. Caíram da estrutura aproximadamente 40 pessoas, sendo 3 crianças, uma delas em estado grave. Possivelmente 17 sofreram ferimentos graves com fraturas e 4 pessoas com traumatismo craniano (dados oficiais serão divulgados com os números corretos e tipo de lesões).
O comandante do Corpo de Bombeiros de Leopoldina, tenente Guilherme Cantelli teria informado que a ponte tinha laudo de um engenheiro, que garantiu que a construção seguiu as normas técnicas, e autorização dos Bombeiros, mas a organização do evento contrariou a orientação do Corpo de Bombeiros, instalando barracas na rota de fuga, tanto na saída da ponte quanto na rua, o que pode ter causado maior concentração de pessoas sobre ela e ocorrido o rompimento de seis placas.
17 dos feridos foram encaminhados ao Hospital São Paulo em Muriaé, sendo que 16 teriam sido liberados ainda neste dia 2 e um pessoa estaria internada em observação médica.
Já em Leopoldina estariam os sete mais graves, dentre elas uma criança de 3 anos de idade, e os atendidos em Laranjal, que estavam com ferimentos leves foram liberados após exames de praxe. Nenhuma morte foi informada oficialmente até o momento. O fato tem repercussão nacional.
O sargento/PM Wanderley Lima Freitas, que participou do socorro às vítimas, disse que três pessoas sofreram fraturas expostas, mas ninguém corria risco de morrer. Segundo o militar, várias pessoas pararam para se alimentar onde foi instalada a praça de alimentação. “Alguns ficaram em pé em cima da ponte e parte cedeu", contou.
De acordo com o sargento, pastores acompanharam os feridos aos hospitais da região. "A igreja prestou toda a solidariedade, não abandonou os fiéis. Uma das vítimas não tinha acompanhante e o pastor foi para acompanhá-la", comenta o policial.