Em 2026, nove dos dez feriados nacionais cairão em dias úteis, o que amplia a possibilidade de feriados prolongados e preocupa o setor produtivo brasileiro. Um exemplo é o Dia do Trabalhador, celebrado em uma sexta-feira. Esse cenário tende a gerar impactos logísticos, dificuldades na gestão de pessoal e perda de produtividade, especialmente na indústria.
As interrupções na jornada de trabalho afetam diretamente o desempenho econômico, uma vez que a produtividade brasileira já é inferior à de países desenvolvidos.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, estima que, em 2026, o brasileiro terá cerca de 45 dias de folga, somando férias e feriados. Para ele, isso compromete a competitividade da indústria nacional no mercado internacional. “Concorrentes internacionais continuam produzindo enquanto aqui enfrentamos interrupções causadas por feriados e períodos prolongados de descanso”, destaca.
Com feriados concentrados em segundas e sextas-feiras, haverá mais oportunidades para emendar folgas, resultando em até três dias consecutivos sem trabalho. Esse movimento tende a prejudicar o comércio local, enquanto setores como turismo e hotelaria devem ser beneficiados.
Feriados Nacionais em 2026
| Data |
Dia da semana |
Feriado |
| 1º de janeiro |
Quinta-feira |
Confraternização Universal |
| 3 de abril |
Sexta-feira |
Sexta-feira Santa |
| 21 de abril |
Terça-feira |
Tiradentes |
| 1º de maio |
Sexta-feira |
Dia do Trabalho |
| 7 de setembro |
Segunda-feira |
Independência do Brasil |
| 12 de outubro |
Segunda-feira |
Nossa Senhora Aparecida |
| 02 de novembro |
Segunda-feira |
Finados |
| 15 de novembro |
Domingo |
Proclamação da República |
| 20 de novembro |
Sexta-feira |
Dia da Consciência Negra |
| 25 de dezembro |
Sexta-feira |
Natal |
Impactos adicionais em 2026
Além da concentração de feriados, 2026 será marcado por eleições presidenciais e pela realização da Copa do Mundo, fatores que devem intensificar os desafios para o setor produtivo. A importância do diálogo entre empresários, entidades representativas e trabalhadores, destacando que uma economia fragilizada afeta todos os setores.