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Especialista do Senac em Barbacena dá dicas para prevenir acidentes nas festas
Rafael Pimentel explica como reduzir riscos e agir em situações críticas durante comemorações no fim de ano; saiba quando chamar ajuda profissional
Publicado em 18/12/2025 15:14
Notícias Gerais

Com festas e viagens movimentando a região, os cuidados com a saúde são essenciais para evitar emergências. Para garantir que a celebração seja segura, Rafael Pimentel, docente de Saúde do Senac em Barbacena alerta: “O primeiro passo é manter a calma, afastar riscos e prestar os primeiros socorros básicos. Em casos graves, acione imediatamente o SAMU pelo 192”.

Crianças, idosos, gestantes, pessoas com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, asma e problemas cardíacos, bem como quem faz uso contínuo de medicamentos estão entre os grupos mais vulneráveis. “Esses públicos precisam de monitoramento constante, hidratação adequada e atenção aos sinais de alerta”, reforça Pimentel.

Acidentes mais comuns

Segundo o especialista, os problemas mais frequentes nessa época são quedas em locais molhados, cortes na cozinha, queimaduras causadas por churrasqueira ou fogos de artifício, intoxicações alimentares, desidratação, insolação, acidentes de trânsito, afogamentos e crises relacionadas à pressão alta, glicemia ou coração.

“Essas situações exigem atenção rápida e, muitas vezes, a decisão de chamar ajuda profissional pode salvar vidas”, explica.

Quedas, cortes e queimaduras

Piscinas, praias e pisos molhados são cenários típicos para quedas. A orientação é avaliar a consciência da vítima, imobilizar a região dolorida e aplicar gelo envolto em pano por 20 minutos. “Nunca tente colocar o membro no lugar”, alerta Pimentel. Procure ajuda imediata se houver suspeita de fratura, batida na cabeça com sonolência ou vômitos, ou dores intensas que não melhoram.

Em cortes, lave apenas com água corrente, comprima com gaze limpa por 10 minutos e cubra com curativo. “Jamais use pó de café, pasta de dente ou álcool no ferimento”, orienta.

Já para queimaduras, resfrie com água corrente por 20 minutos, retire acessórios e cubra com pano limpo. Nunca aplique manteiga, óleo ou creme dental. Procure ajuda se a queimadura for profunda, muito dolorosa ou maior que a palma da mão.

Intoxicação alimentar e insolação

Hidratação é a palavra-chave. Em casos de intoxicação, ofereça água, soro ou água de coco e mantenha alimentação leve. “Não tome remédios sem orientação médica”, alerta Pimentel. Febre alta, diarreia com sangue ou vômitos persistentes são sinais para buscar atendimento.

Para insolação, leve a pessoa para um local fresco, resfrie o corpo e hidrate. Se houver desmaio ou confusão mental, acione socorro imediatamente.

Afogamentos e acidentes de trânsito

Casos assim são situações críticas que requerem obrigatoriamente assistência profissional. Em afogamentos, só tente resgatar se for seguro. Se a vítima não respirar, inicie RCP (Ressuscitação Cardiopulmonar, um conjunto de manobras de emergência composto de compressões torácicas e respiração boca a boca); se respirar, coloque em posição lateral de segurança. “Sempre chame socorro, mesmo que ela pareça bem”, reforça.

Nos acidentes de trânsito, garanta sua segurança, não mova a vítima e nunca retire o capacete de motociclistas. Controle sangramentos com compressão direta e acione ajuda imediatamente.

Crises de saúde: pressão, glicemia e coração

Hipoglicemia pode causar suor frio, tremores e confusão. A orientação é oferecer carboidrato rápido, como suco ou açúcar. Já na pressão alta ou dor no peito, mantenha a pessoa calma, sentada e afrouxe roupas. “Dor irradiando para braço ou mandíbula, falta de ar e sudorese fria são sinais de alerta para chamar socorro”, explica.

Por fim, o especialista elenca itens básicos de primeiros socorros para ter à disposição, como luvas descartáveis, gaze, antisséptico, curativos, termômetro, analgésicos, remédios de uso contínuo, protetor solar e repelente.

“Para prevenir problemas, hidrate-se bem, evite excesso de álcool e comidas pesadas, respeite os limites do corpo e nunca dirija após beber. As crianças devem estar sempre sob supervisão, especialmente perto de piscinas e estradas”, conclui Pimentel.

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