A 13ª Semana de Arte Aldravista trouxe à tona o protagonismo das mulheres em sua pluralidade, oferecendo um espaço de reflexão e celebração através da poesia aldravista. Com mais de 900 retratos falados de mulheres, os poetas capturaram, por meio das aldravias, as metonímias que representam suas porções ou suas totalidades. Cada uma dessas composições poéticas destaca lugares, ações, bandeiras, solidões, angústias e alegrias, compondo um mosaico do universo feminino em todas as suas nuances. As lutas e conquistas das mulheres são o fio condutor desse conjunto, mostrando o avanço da legislação de proteção feminina e a pavimentação de caminhos seguros para a emancipação, conforme preveem a Carta dos Direitos Humanos e o Artigo 5º da Constituição Brasileira.
A aldravia, forma poética inovadora e concisa, mostrou-se um instrumento poderoso para expressar discursos que rompem barreiras e reafirmam a capacidade da arte de se comprometer com causas sociais sem perder sua essência artística. A 13ª Semana de Arte Aldravista segue a tradição de revelar como a poesia pode se engajar em temas de relevância social, confirmando que a arte pode reafirmar culturas ou mudar seus rumos, preservar tradições ou rompê-las, criando novas tendências. O evento, idealizado por Andreia Donadon Leal, destacou não apenas o potencial da arte para ser uma plataforma de transformação, mas também a sua força ao captar e exaltar o papel das mulheres na sociedade. Ao longo dos Livros 12 das Aldravias e 5 das Quintas, poetas aldravistas traduziram o avanço da legislação protetiva e as diversas formas de luta feminina em composições singulares, sem deixar de lado a premissa de que a arte, ao ser arte, pode abraçar qualquer tema e, assim, mudar o mundo ao seu redor.